sexta-feira, 19 de março de 2010

Constrangimento na escola: Sem tênis, aluna é barrada na aula

Adolescente foi impedida de assistir aula no Frei Albino por usar sandálias. Conselho Tutelar está acompanhando o caso
Uma aluna da 8ª série da Escola Municipal Frei Albino, no Bessa, foi impedida de assistir aula porque estava sem o tênis. De acordo com o pai da criança de 12 anos, o pastor Silva Neto, por esse motivo, a filha estava sendo vitima de constrangimento e piadas por parte dos colegas e que a menina freqüentava às aulas de sandália porque ele estava sem dinheiro para comprar o calçado. "A diretora estava exigindo que todos os alunos fossem para aula de tênis e que se a regra não fosse cumprida os alunos seriam barrados na escola", disse o pai que registrou queixa no conselho tutelar.
Nenhum aluno pode ser impedido de assistir às aulas por falta de uniforme, segundo esclareceu Roberto Lira, conselheiro do Conselho Tutelar de João Pessoa. De acordo com ele, existe uma lei maior no Estatuto da criança e do adolescente que diz que nenhuma criança e adolescente pode estar fora da sala de aula e que não existe regulamento que se refira à expulsão do aluno por falta de fardamento. "Não há nenhuma resolução determinando que o aluno tenha que vir com o fardamento completo", disse Lira. A diretora adjunta da escola, Aparecida Vasconcelos disse que o município ainda não deu prazo para a entrega do fardamento, por esse motivo, em reunião com os professores decidiram fazer um regimento interno para determinar regras de organização na escola. Um dos itens desse regimento seria que o aluno frequentasse à sala de aula de calça jeans, blusa de manga e tênis. "A direção em conjunto com pais e professores decidiram tomar essa decisão de que nenhum aluno poderia entrar sem a vestimenta completa", falou a diretora, que disse que a aluna foi impedida de assistir aula, mas a escola ficou aberta para ela freqüentar.
O conselheiro explicou que não se pode exigir o fardamento dos alunos até que o município repasse o material. "Não depende de reunião de equipe, de regimento de escola, a lei é bem clara, não se deve impedir alunos de entrar na sala de aula por causa de um fardamento", assegurou. Roberto ainda afirmou que a direção da escola está ferindo o estatuto não permitindo que a criança frequente à escola por causa de um sapato. Segundo o conselheiro existe uma determinação da Secretaria de Educação do Município (Sedec) dizendo que a criança tem que ir à escola de calçado, mas para que isso aconteça é necessário existir esse calçado. "Você não pode exigir uma coisa se não é ofertado. A criança não pode ser constrangida diante de todos na escola", disse o conselheiro que revelou que, se realmente houve constrangimento, será considerado crime e tem que ser apurado e encaminhado para as instâncias legais, tanto no Ministério Público como na Delegacia de Infância e Juventude. Prestada a queixa, o conselheiro solicitará os esclarecimentos por parte da escola até o dia 11. Depois de ouvir a escola será feito um relatório e encaminhado para o Ministério Público que assumirá o caso. O conselheiro garantiu que a menina voltará a frequentar a escola normalmente. A assessoria de comunicação do município informou que a atitude da professa não foi correta, e que a Sedec irá até a escola apurar o assunto. Ainda de acordo com a assessoria, a partir da segunda semana de março o município de João Pessoa estará distribuindo mais de 70 mil kits de material didático para rede municipal de ensino, incluindo, além de cadernos, livros, lápis, o fardamento, com tênis, camisas e mochilas.

sábado, 13 de março de 2010

Bullying: Do conto infantil a tragédia social


Como consta em várias reportagens, o Bullying é o tema do mês, inclusive tivemos nesta semana relatos de que a princesa japonesa Aiko foi vítima de "assédio escolar" no colégio em que estuda. Vejam a nota:

" A princesa, que estuda na renomada escola Gakushuin, em Tóquio, se queixou de dor de estômago e ansiedade, e desde terça-feira passada não foi à escola, segundo um porta-voz citado pela agência "Kyodo".
Aparentemente, um grupo de meninos da escola intimidou vários colegas, entre eles a princesa Aiko, o que levou o Palácio Imperial a intervir e pedir aos responsáveis pelo colégio para solucionarem o problema, informou o porta-voz.
Esta é a primeira ocasião na qual a Casa Imperial japonesa intervém para resolver problemas no colégio da pequena Aiko.
"
Por conta de mais este fato, separei mais uma matéria sobre o tema.
Sabrina

Agressão sobre "patinhos feios" é indício de delinqüência escolar

Apesar dos festejos que tomaram os dias de outubro, "mês das crianças", vítimas de bullying não vêem motivos para comemorar. O fenômeno internacional, resultado de atitudes agressivas intencionais e repetitivas entre estudantes que disputam poder, afeta a vida de 40,5% da população infantil carioca, segundo pesquisa realizada em 2002 pela ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência), envolvendo 5.875 estudantes de 5ª à 8ª séries, de 11 escolas localizadas no município.
Nas escolas, nos clubes e nos cursos de idioma há, pelo menos, uma criança que é alvo de rejeições. O desajuste infantil - gerado pela sensação de não-pertencimento ao código social - é pretexto suficiente para a chacota geral ou, em muitos casos, é fruto dela. O drama, apesar de não ser recente e de atingir instituições públicas e privadas, somente agora é reconhecido como um distúrbio social a ser combatido por orientadores escolares.
Segundo a psicoterapeuta especializada em terapia infantil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Existencial do ISECENSA - Campos dos Goytacazes, Cristiana Pizarro, "os alvos, em geral, são pouco sociáveis e detentores de um forte sentimento de insegurança, que os impede de solicitar ajuda, além de não disporem de status, recursos ou habilidade para cessarem os atos danosos contra si".
De acordo com os resultados do programa, os traumas sobre a vítima são complexos e exigem imediatos diagnóstico e tratamento, bem como sua repercussão social. Muitas crianças passam a ter baixo desempenho escolar, resistem a freqüentar a instituição de ensino e abandonam os estudos precocemente. O bullying pode gerar, ainda, casos de depressão e de suicídio entre jovens que não recebem a devida orientação escolar ou familiar a tempo. Já os praticantes do bullying, de acordo com a psicóloga, "tornam-se, muitas vezes, adultos com atitudes violentas e anti-sociais, podendo adotar, inclusive, comportamentos delinqüentes ou criminais".
- Eu era um "patinho feio" que conseguiu derrubar o estigma, mas ainda hoje sofro as conseqüências da agressão. De uma criança falante passei a assumir a introspecção e a timidez como defesa. Rasgava e escondia convites de aniversários porque sabia que me humilhariam por meus óculos fundo de garrafa, pernas finas, meias bordadas pela avó e, para completar, por meu bom desempenho escolar. Agora, apesar de muito sociável, sofro, sobretudo, em situações de concorrência profissional, quando a insegurança prevalece - declara a jornalista e estudante de Artes Cênicas, Luiza Gomes.
Para a psicóloga, a saída pelo consumo é bastante usual, o que amplia o mal-estar social e a síndrome do ter para suprimir lacunas.
- Aproximar-se de um modelo estético e comportamental tornou-se pré-requisito em qualquer ambiente de sociabilidade, sobretudo para o indivíduo em fase de formação. A constante busca por aceitação condena o jovem ao cárcere da multiplicidade padrão, ou seja, desde muito cedo, tornamo-nos joguetes dentro do mesmo, proibidos de qualquer rasgo de autenticidade, regrados pelo vazio do descartável. O diferente ameaça o limiar de conforto da polis e é sumariamente expelido pela conveniência da imagem. Um simples "desvio" ao previsível é considerado nocivo ao corpo social, para muitos, beirando inclusive a patologia. É emergencial que se trabalhe para reverter essa lógica. A saúde social não está na eliminação da curva, mas na possibilidade da igualdade pela diferença.
Apelidar, agredir, difamar, ameaçar e pegar pertences são apenas algumas das "brincadeiras" físicas e psicológicas a que está suscetível qualquer criança que, intimidada, possivelmente não irá motivar adultos a agirem em sua defesa. Portanto, mais do que diagnosticar o problema, é preciso difundir o conceito do bullying para que pais e orientadores escolares atentem para a tomada de iniciativas.


Referências:
imagem: http://images.ig.com.br/publicador/ultimosegundo/arquivos/cdocuments_and_settingslmeirelesigdesktope52673df3ab64b1893d70289c70f5fa5

textos: http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/temas-especiais-10.asp
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/03/05/princesa+do+japao+deixa+de+ir+as+aulas+por+provocacoes+de+colegas+9417898.html

terça-feira, 9 de março de 2010

Fique por dentro !

Redomas de cristal

Walcyr Carrasco compara a diversidade da escola pública que freqüentou com as escolas particulares fechadas de hoje
Semanas atrás, fui jantar com alguns colegas de classe do colegial. Estudamos juntos há cerca de quarenta anos. Ainda nos vemos, acompanhamos a trajetória de vida de cada um e torcemos nas situações difíceis. Cursei um colégio público, experimental, de ótima reputação na época. Uma das teses dos educadores era mesclar as diversas classes sociais. Devido à fama, a escola atraía até milionários. Eu, um garoto pobre, convivi com colegas de status social maior e até menor que o meu. Foi enriquecedor. Sem falsa modéstia, acredito que para os outros também. Para meu espanto, as famílias atuais buscam exatamente o oposto. Particularmente, acho os condomínios maravilhosos. Quando eu era criança, entrar em piscina era privilégio raro! Hoje, crianças de classe média nadam a metros de onde vivem. Discordo, sim, da visão de boa parte dos pais. – Meus filhos nem vão precisar sair. A escola é ao lado, o shopping é próximo. Segurança total – contou-me um amigo ao mudar de endereço. Fiquei de queixo caído com sua ingenuidade. Está certo, a violência anda cada vez maior. Qualquer pai ou mãe fica apavorado quando o filho se atrasa. Isolar ajuda, de fato? "Proteger é diferente de esconder", diz o escritor Gabriel Chalita em seu recém-lançado Pedagogia da Amizade. "Não se esconde o filho do mundo nem o mundo do filho." Eu soube de colégios ricos onde os alunos disputam quem tem o relógio mais caro ou o último lançamento eletrônico, por exemplo. Esses garotos não seriam pessoas melhores se pudessem conviver com outros, em situações diferentes, para entender que o planeta não gira em função das grifes?
Essas famílias só visitam famílias parecidas, que fazem compras nos mesmos shoppings, comem em restaurantes idênticos, usam roupas de grifes iguais e fazem os filhos viver vidas inventadas em série. É como reunir todas as aves num só galinheiro. Basta a chegada de uma única raposa para fazer a festa. Quando escrevi um livro para adolescentes sobre drogas, investiguei a fundo como ocorre o primeiro contato. Em geral é por meio de um conhecido acima de qualquer suspeita: vizinho, namorado, parente próximo. Em uma palestra recebi o depoimento emocionado de um pai cujo próprio irmão introduzira seu filho no consumo pesado. – Eu nunca suspeitei de meu irmão! – ele disse chorando. – E agora perdi meu filho! É óbvio. Imagine um bando de garotos de boa situação financeira que pouco conhecem da vida. Fechados em seu mundinho. Chega um com a novidade. Cresce a curiosidade. E de um em um todos querem experimentar. Se fossem mais escolados seriam alvos tão fáceis? Triste é saber também que, se alguma família perde dinheiro, passa a ser malvista. É comum surgir um comentário depreciativo porque alguém atrasou o condomínio, como se uma crise financeira fosse um problema moral. Ou seja, os valores começam a ficar distorcidos, por serem somente materiais. Não é à toa que se ouve falar, com freqüência, em jovens de classe média que partem para o crime. Educar um filho hoje em dia é difícil, pois são inúmeras as armadilhas. Passei por riscos e estou aqui, inteiro. Alguns amigos superprotegidos, ao contrário, não deram em nada. Ainda, já depois dos 50 anos, não querem saber do batente. Educar a criança em um mundo que não existe pode dar uma sensação de segurança. Mais tarde, ela não estará pronta para enfrentar a realidade, certamente muito mais árdua.

Referência: http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/redomas-cristal-345481.shtml

sábado, 6 de março de 2010

Escola infantil separa meninos e meninas em Curitiba (PR)

...pessoal vejam que absurdo o que ocorre nesta escola em Curitiba, vi esta reportagem ontem na TV Record...

Sabrina

Especialistas em educação criticam este modelo de ensino

Uma escola infantil em Curitiba, no Paraná, adotou um sistema de ensino diferentes nos dias de hoje. Lá, os meninos estudam em salas separadas das meninas. Eles só têm aulas com professores, e elas, com professoras. Nem na hora do intervalo os estudantes se misturam.
Os pais que escolheram matricular as crianças neste colégio ressaltam as vantagens da separação. Ney Kloster, pai de um estudante, afirma que a convivência entre meninos e meninas atrapalha o ambiente escolar:
- No recreio de uma escola mista, os meninos vão brincar para um lado e as meninas vão para outro. Quando você tem que fazê-los interagir, é uma complicação. Eles têm dinâmicas diferentes.
De acordo com a direção do colégio, essa é uma tendência internacional, baseada em pesquisas que mostram que meninos e meninas têm respostas diferentes à aprendizagem. Além disso, a separação fortaleceria a identidade sexual:
- Separamos meninos e meninas pelo perfil que cada um apresenta, que é diferente. Se considerarmos que a escola é um local essencialmente [voltado] para a aprendizagem, estando separados os dois sexos, ela ocorre de maneira mais satisfatória. Também se vê, além do sucesso da aprendizagem, a consolidação da feminilidade e da masculinidade.
Este tipo de sistema é uma prática do século passado. Com o passar dos anos, a educação brasileira passou a adotar o ensino misto. E, para muita gente, como a especialista em educação Laura Monte Serrat Barbosa, voltar ao sistema antigo é um retrocesso:
- A gente aprende a diferença com a convivência com o diferente, e não na segregação.
O programa pedagógico ainda não foi aprovado pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná, mas ela pode funcionar enquanto não recebe um parecer definitivo.

Referência: http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/escola-infantil-separa-meninos-e-meninas-em-curitiba-pr-20100305.html

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sexting


Esta semana vem sendo tratado pela novela Malhação da rede Globo de TV o tema Sexting, que há pouco tempo era muito desconhecido de nós. Sexting é quando um casal de namorados troca fotos sensuais um do outro via celular. Uma coisa comum de acontecer é que, quando o casal briga, a parte que se sentiu traída divulga as fotos sensuais do ex-namorado(a). O sexting tem se tornado uma prática comum entre os nossos alunos adolescentes.

Outros fatos

O "sexting" --fusão entre as palavras inglesas "sex" (sexo) e "texting" (mensagens enviadas pelo celular)-- foi um dos assuntos mais comentados no começo do ano, depois que estudantes em 12 estados norte-americanos foram acusados por produção e distribuição de pornografia infantil, depois de enviarem fotos seminuas para amigos e colegas de classe.

Em março, três adolescentes estiveram na mira do procurador-geral da Pensilvânia, que as acusou por distribuição de pornografia infantil, depois que uma professora descobriu autorretratos de seminudez.

No entanto, um juiz federal do Estado de Wyoming, nos EUA, suspendeu temporariamente as possíveis acusações criminais contra as três garotas adolescentes que enviaram autorretratos nus ou seminus pelo celular.

Outros casos de sexting também foram registrados.

Uma pesquisa, feita em 2008, apontou que 20% dos jovens norte-americanos dizem ter enviado, ou postado na internet, fotos de nudez total ou parcial de si próprios. Já 39% dizem ter enviado ou postado mensagens sexualmente sugestivas.

Segundo o site da Wikipédia, Sexting (contração de sex e texting) é um termo que refere-se a divulgação de conteúdos eróticos e sensuais através de telemóveis. Iniciou-se através das mensagens SMS de natureza sexual e com o avanço tecnológico tem-se aumentado o envio de fotografias e vídeo, aos quais aplica-se o mesmo termo, mesmo que texting se refira originalmente em inglês mensagens enviadas como texto. É uma prática cada vez mais comum entre jovens e adolescentes.

O Termo sexting pode ser etendido também pelo envio e divulgação de conteúdos eróticos, sensuais e sexuais com imagens pessoais pela internet utilizando-se de qualquer meio eletrônico, como câmeras fotográficas digitais, webcams, e smartphones.


Referências:

http://www.safernet.org.br/site/noticias/sexting-%C3%A9-menos-perigoso-para-jovens-que-brincar-m%C3%A9dico-diz-especialista

pt.wikipedia.org/wiki/Sexting


quarta-feira, 3 de março de 2010

Desrespeito em sala de aula...até quando?

Todos sabemos que a disciplina e boa educação andam juntos.
No mundo de hoje, onde o pai e a mãe trabalham para pagar contas, as crianças estão de certa forma "soltas"por falta de tempo. Infelizmente muitos pais delegam aos educadores esta tarefa. E o resultado está aí...
Sem generalizar, os educadores estão divididos em públicos e privados.
Os públicos são os "taxados" funcionários públicos. E assim se comportam e agem (sem generalizar...).
Os educadores particulares estão cerceados por considerações de ordem financeira. O garoto pode ser malcriado, mal educado, bagunceiro...mas é pagante ! Infelizmente pode tudo (de acordo com algumas normas dentro destas escolas...)
Assim, onde fica a educação e o respeito ao ser humano??
E quando se tenta corrigir a criança desobediente e bagunceira, a família comparece à escola e, naturalmente, justifica tais atitudes com desculpas irrelevantes e ainda culpa o professor ou a instituição de ensino.
Em vez de tentar contornar a situação com a criança, o problema se foca nos métodos do professor que muitas vezes paga o preço por uma falta de educação na casa do aluno (algo que deve se iniciar antes da fase escolar, ser educado deve vir desde o berço!!)
Infelizmente estamos perdendo muitos dos nossos ricos valores e nossas crianças estão crescendo sem saber que estes um dia existiram..